As alianças com Rollemberg são perigosasPor Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre integra do Artigo http://davissenafilho.blogspot.com/2012/06/agnelo-e-uma-coisa-perillo-e-outra.html?spref=tw
Rodrigo Rollemberg, senador da República, mediano, e do PSB, começou cedo na política. Porém, seu primeiro mandato foi como suplente de deputado distrital em meados na década de 1990. Suplente do titular, Wasny de Roure, assumiu algumas vezes o mandato. Secretário de Turismo no Governo Cristovam, deputado distrital eleito, em 1998, deputado federal e agora senador, Rodrigo Rollemberg sempre me pareceu dúbio em questões políticas do DF, no que diz respeito às suas alianças e ao seu apoio a governantes considerados de esquerda. Como membro de um partido de esquerda, o PSB, aliado histórico do PT e do PCdoB, Rodrigo tem se esmerado em fazer oposição àqueles que ele apoia. Sempre quando acontece alguma crise com algum politico do qual ele é aliado, o "socialista" ameaça desembarcar do barco. É que ele tem feito, reiteradamente, com o governador do DF, Agnelo Queiroz. Rodrigo e Cristovam são aliados e não compartilham de forma compromissada com o programa de governo do PT e de seus aliados, como o PCdoB, em âmbitos federal, estadual e municipal. E sabem por quê? Porque Rodrigo Rollemberg é, antes de tudo, um social democrata e não um socialista ou até mesmo trabalhista. Se ele ingressasse no PSDB, não me surpreenderia. Só não entra porque não tem cabimento, sentido, além do mais ocupa espaço no PSB como cacique e por isso é o principal político do seu partido no DF. Contudo, sua alma política, ideológica é social democrata, jamais socialista. Além disso, os tucanos não estão em um bom momento, e pelo andar da carruagem vão perder ainda muitas eleições. Rodrigo é filho legitimo das burguesias brasiliense e sergipana, o que não é nada de mais e nem o diminui perante as pessoas que ideologicamente pensam como eu. Todavia, nunca foi confiável para importantes segmentos da esquerda do PT, do PCdoB, além dos trabalhistas históricos, que, apesar das tentativas de desconstrução da direita política e de seus porta-vozes na imprensa golpista e nas universidades, nunca abandonaram seus princípios ideológicos e programáticos. Além do mais, o que é o mais importante — ressalto —, o senador do PSB é candidatíssimo a governador do Distrito Federal, e ter Agnelo Queiroz fora do seu caminho vai lhe dar um espaço enorme no campo da esquerda brasiliense e assim facilitar sua ascensão política e concretizar o seu maior sonho, que é o de ser governador. Por isso e por causa disso, Rodrigo Rollemberg e o seu aliado Cristovam Buarque (político de alma tucana que fez seu ninho na árvore do PDT) abandonaram o governador Agnelo e até agora se eximiram de defendê-lo na CPMI do Cachoeira-Demóstenes-Veja-Globo (este é o nome adequado para a CPMI). E tudo isso porque Rodrigo quer ser governador, e Cristovam quer combater o PT de Lula, que o demitiu e com isso conseguiu ter um adversário político inimigo, rancoroso e ressentido, que se aliou aos tucanos no plenário do Senado e se tornou, tal qual o tucano Álvaro Dias, porta-voz da oposição, "fonte" dos jornalistas da mídia de direita e traidor de sua própria consciência política, se algum dia ele teve uma. Rodrigo Rollemberg deveria, se ainda não o fez, retirar seus secretários de estado do Governo do DF. E Cristovam deveria procurar analisar sua conduta política, que, para mim, é péssima. Os dois são aliados e sumiram da Comissão que investiga o bicheiro Cachoeira e sua trupe do DEM e do PSDB. Agnelo Queiroz se saiu bem em seu depoimento acontecido ontem na Comissão. Abriu seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. "Quem não deve, não teme" — afirmou. Gostei de ouvir a frase. A imprensa golpista e imperialista não gostou. E sabe por que, caro leitor? Porque essa mídia reacionária que está aí não deu destaque à ação do Agnelo em suas manchetes de hoje. Preferiu destacar a ação do procurador-geral e engavetador-mor, Roberto Gurgel, que entrou com três aberturas de inquérito, uma contra o governador Marconi Perillo (GO) e duas contra Agnelo Queiroz, sendo que uma delas é referente a Agnelo no tempo em que ele era um dos diretores da Anvisa. Logo o Gurgel, aquele que sentou por três anos nos inquéritos da Polícia Federal, que apontam os malfeitos do senador Demóstenes, do Perillo, de deputados e outras autoridades, a maioria do estado de Goiás e de partidos de direita como o PSDB e o DEM. Gurgel deveria depor. O senador Fernando Collor entrou com seis representações contra ele e sua mulher, a procuradora Cláudia Sampaio. Como se vê, Gurgel está onde sempre quis estar, no embate político, que também é jurídico.
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domingo, 7 de setembro de 2014
Rollemberg ingressou no serviço público sem concurso
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