Edianez Parente 02/06/2009 - 18:47
A agência de classificação de risco Moody concedeu nesta terça-feira, 2, grau de investimento à Globo Comunicação e Participações S/A - que inclui a Rede Globo (75% das receitas), a gravadora Som Livre, publicações, programadora de TV por assinatura e participações em operações de cabo e satélite (Net e Sky). A agência elevou a nota da empresa à categoria Baa3 (a última classificação, Baa1, inferior, datava de 2007), destacando a performance positiva da empresa no primeiro trimestre do ano. No consolidado do trimestre, a Moody relata que a holding faturou R$ 2,4 bilhões ao fim de 31 de março - deste montante, os custos são da ordem de R$ 1,5 bilhão. É a segunda elevação das notas do Grupo pertencente à família Marinho em menos de um ano: em setembro de 2008, outra agência de classificação risco, a Fitch, também subira a Globo a grau de investimento.
A Moody utiliza-se dos dados do Projeto Intermeios para dimensionar o desempenho do meio televisão no mercado brasileiro de publicidade. Diz a Moody que a Globo cresceu 15% no primerio trimestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, ampliando sua margem de EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) de 15% para 20%.
No entanto, a agência de classificação de risco alerta que o mercado nacional de publicidade pode vir a sofrer alguma retração nos próximos trimestres, o que poderá afetar as margens operacionais da empresa. O baixo endividamento da empresa é também relatado como decisivo para o upgrade da nota. Há vencimentos de menos de US$ 1 milhão em títulos nos próximos dois anos, US$ 200 milhões em bonds para 2022, e títulos no mercado de US$ 325 milhões.
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